Enough said, vamos pra parte 2 do post!
Hoje falaremos de uma personalidade importantissima pra nossa história, Luis Gama, um herói! Advogado auto didata e abolicionista dono de uma história impressionante!
Mais uma da lista de coisas que deviam ter nos ensinado na escola...
(Foto Carola Gonzales, Make: Vanessa Barone, coleiras Mpif e camisas brechó 10$)
Hoje falaremos de uma personalidade importantissima pra nossa história, Luis Gama, um herói! Advogado auto didata e abolicionista dono de uma história impressionante!
Mais uma da lista de coisas que deviam ter nos ensinado na escola...
(Foto Carola Gonzales, Make: Vanessa Barone, coleiras Mpif e camisas brechó 10$)
E quem já conhece o blog sabe como funciona o nosso editorialzinho caseiro, praticamente todas as peças que usamos neles são de brechó e custaram até 20 reais! As que não forem terão uma observação especificando, nessa edicão teremos os editoriais feitos na casa das fotógrafas Carola Gonzales (@Carolagonzales) com a nossa amiga maquiadora incrivel Vanessa Barone (vanessa_barone) e Raquel Bressanini (@Raquelbressanini)!!!
(só pra avisar, não evitamos muitos filtros nas fotos prezamos pelo natural!!! rs)
(só pra avisar, não evitamos muitos filtros nas fotos prezamos pelo natural!!! rs)
Vamo começar com a session bomb pra caral** que fizemos com a linda da @raquelbressanini:
ITFAVELA
(Maiô do Brechó @anurb_brecho 15$ , saia rosé, era um vestido horrendo da nossa melhor amiga que tranformamos/ jaqueta de brechó 1$ , bermuda 10$ lojinha de dez reais dessas que tem no centro da cidade e cinto acho que foi 5$ e chokers Expensive $hit que logo menos estarào à venda.)
(bermuda azul 10$ naquelas lojinhas de 10$ no centro da cidade e top era uma blusa com decote q compramos no brechó por 4$)
NINJA STYLE
APAGANDO SEU FOGO
Ice Blue, marca pesada!!!
(shorts não é de brechó, é das lojinhas de 10$ tbm)
Boné Expensive $hit e roupas Expensive $hit, pecas piloto da linha Basica.MUSIC IS SOUL FOOD.
(MAIÔS @ANURB_BRECHO 15$)
EXPENSIVE $HIT POSSE.
Agora vamos à Luis Gama:
"Vida de negro é dificil... é dificil como o quê..."
Considerado nada mais, nada menos
do que”O MAIOR ABOLICIONISTA DO BRASIL” Luís
Gonzaga Pinto da Gama, Geminiano (21 de Junho de 1830), Advogado AUTODIDATA, Escritor, Abolicionista e Maçom. Filho de Mãe africana livre (
Luisa Mahin), que apesar de livre não
deixou de lutar ,era considerada uma “lider rebelde” e participou de muitas
revoltas negras na Bahia,
Gama nasceu
livre em Salvador e morou com a mãe até os 8 anos,depois, ela teve que fugir
para o Rio de Janeiro por conta da perseguicão policial, ela o deixou aos cuidados do pai que era
Português e de familia nobre (sim, português!!!!!!!!!)
Ele em uma
carta (que falaremos mais tarde nesse texto) disse que não ousava dizer que seu
pai era branco, disse:
“Tais
afrirmativas, neste país, constituem grande perigo sobre a verdade
que concerne à melindrosa presunção das cores humanas”
Fidalgo de “familia
importante”.Assim foi descrito, pai esse que era jogador compulsivo e ele nunca
revelou o nome na intencão de “poupá-lo”.Nasceu livre,mas foi vendido por seu
pai quando tinha 10 anos de idade pra pagar uma divida de jogo, foi comprado
pelo alferes Antônio Pereira Cardoso e levado para São Paulo, no municipio de
Lorena.
Aprendeu a ler em 1847, aos 17 anos com um estudante
que se hospedava na fazenda onde ele era escravo doméstico.
Aos 18 anos fugiu pra cidade de São Paulo, conseguiu
provar que era um homem livre comprovando portanto que sua escravidão era
ilegal! Se alistou na Força Publicada Provincia ou Corpo
de força da linha de São
Paulo, onde se graduou cabo. Em 1850 casou-se e permaneceu no Corpo de Força até 1854, E quando ele deu
baixa a.k.a saiu fora, o motivo foi classificado por ele como “suposta
ïnsubordinacão” já que ele apenas respondeu a um insulto de um oficial,rs.
O primeiro contato ao arsenal mais pesado:os
livros de direito.
Em 1856 foi
nomeado escrevente da Secretaria de Polícia; foi nessa época que ele teve acesso ao acervo que tinha as armas mais poderosas que ele podia ter
acesso: a biblioteca do delegado! (que era professor de direito).
Ele tentou freqüentar o Curso de Direito
do Largo do São Francisco, hoje chamado “Faculdade
de Direito da Universidade de São Paulo”, mas por ser negro, enfrentou a
hostilidade de professores e alunos. Ele é claro, persistiu como um bom
guerreiro e continuou como ouvinte das aulas... Não concluiu o curso, mas , nada o impediria de se tornar
um rábula a.k.a advogado.
Gama aprendeu sozinho e libertou centenas de negros Em 1869, quase cem anos antes do
norte-americano Martin Luther King, Gama declarou ter um sonho, um “sonho
sublime”, que transparecia também um desejo de igualdade: “as terras do
Cruzeiro, sem reis e sem escravos”.
Gama advogava de graça, deixava bem claro:
“Eu advogo de graça, por dedicação sincera à causa dos desgraçados; não
pretendo lucros, não temo violências”.
Guerreiro de pulso firme e sem papas na
língua; “O escravo que mata o senhor,seja em que circunstância for,mata em
legitima defesa.”
Ele lutava para libertar os negros mantindos em cativeiro “injustamente”,(as
aspas por que a escravidão em sí é injusta né).Alguns escravos tinham como
pagar suas “cartas de alforrias”mas eram impedidos pelos seus senhores, outros
tinham entrado no Brasil em návios negreiros depois da proibicão de tráfico
negreiro (1850) ou acusados de crimes contra os senhores.
Durante um júri Gama proferiu uma frase
pesadíssima e impactante:
"O escravo que mata o
senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa" — O
bagulho foi tão impactante,que o juiz teve que suspender a sessão... imagina só
seus tio escravocrata ouvindo isso? Aff!
Gama tinha pulso firme e falava
um monte rs..
Outra história foi a da
discussão com um juiz que negou o depósito de um negro escravizado depois de
1831 (quando já tinha sido proibido o tráfico negreiro) Gama disse ao juiz pra
“cumprir o seu dever, pelo qual “era pago com o suor do povo, que é o ouro da
nação”
Luiz Gama foi extremamente
importante na causa emancipacionista dos negros e da mudanca das leis
escravocratas, mas não foi “só” isso, libertou mais de 500 escravos de cativeiro
e ajudou pobres de todas as raças. Era um homem bondoso e querido por muita gente, ativista e sarcástico
em cada poesia, ele sempre revolucionou, teve voz ativa e provocou.
Mudando e elevando o jogo
O abolicionismo paulista ganhou contornos específicos graças
a estratégias inovadoras adotadas por Gama e seu grupo. Uma delas consistiu em
desenterrar a lei de 7 de novembro de 1831, que extinguia o tráfico negreiro,
para libertar africanos “ilegalmente escravizados”, com a anuência de
autoridades que, aos olhos de Gama, participavam de um crime.
Atitudes como esta lhe
renderam graves represálias, é claro, mas a partir daí sua projeção pública só
aumentou.Como já dizia o outro,não existe má publicidade não é mesmo?
Escravos de São Paulo e de outras províncias
recorriam ao advogado, que sempre deixava claro:
“Eu advogo de graça, por dedicação sincera à
causa dos desgraçados; não pretendo lucros, não temo violências”.
FEARLESS!!!!!!!
Poesia Libertária e humor sério!
O primeiro autor ao se assumir negro.
Em 1859 Gama publica
seu único livro “Primeiras trovas burlescas “ uma coletânea de poesias bem
interessante, a poesia de Gama era satírica, usava o humor e a irônia pra
criticar e questionar as coisas, sem vitimismo e se assumindo negro ( ele foi o
primeiro autor a se assumir negro em suas obras) falando da beleza de ser o que
é e até criticando os negros mais claros que
ao crescerem socialmente desprezavam a “vovó preta-mina” e “esquecem os
negrinhos, seus patrícios”(atual né?) tudo isso na época em que de 10 milhões
de habitantes 15% eram escravos, 58% se descreviam como pardos ou pretos e 38%
brancos ou seja, pessoas de cor eram maioria,como até hoje, consequência da
quantidade gigante de africanos trazidos pra cá.
Poder,ancestralidade e auto estima! My blackness is fine!
Imaginem só o desespero batendo nas autoridades ao perceber que o sonho caucasiano deles estava sendo denegrido? Imediatamente eles tramaram uma estratégia para clarear o Brasil, mas isso é assunto do próximo post... Enfim, numa época complicada de se expressar,muito mais complicada ainda se você fosse preto, num Brasil escravocrata, ele tirava sarro da elite e apontava os erros de quem estava no poder, desconstruía o contexto histórico que marginalizava o negro e tudo relacionado a ele, demonstrava auto estima e usava referencias de obras clássicas, mas escurecia os personagens e citava lugares e coisas de natureza africana, como em “Orfeu de Carapinha” :(refêrencia ao poeta grego Orfeu, Carapinha é cabelo crespo)
“Com sabença profunda irei
cantando
Altos feitos da gente luminosa,
(...)
Espertos manganões de mão ligeira,
Emproados juízes de trapaça,
E outros que de honrados têm fumaça,
Mas que são refinados agiotas.”
Altos feitos da gente luminosa,
(...)
Espertos manganões de mão ligeira,
Emproados juízes de trapaça,
E outros que de honrados têm fumaça,
Mas que são refinados agiotas.”
(...)
“Ó Musa da Guiné, cor de
azeviche,
Estátua de granito denegrido,
(...)
Empresta-me o cabaço d'urucungo,
Ensina-me a brandir tua marimba (...)”
Estátua de granito denegrido,
(...)
Empresta-me o cabaço d'urucungo,
Ensina-me a brandir tua marimba (...)”
“Se queres, meu amigo,
No teu álbum pensamento
Ornado de frases finas,
Ditadas pelo talento;
Não contes comigo,
Que sou pobretão:
Em coisas mimosas
Sou mesmo um ratão.”
No teu álbum pensamento
Ornado de frases finas,
Ditadas pelo talento;
Não contes comigo,
Que sou pobretão:
Em coisas mimosas
Sou mesmo um ratão.”
“Ciências e letras
Não são para ti:
Pretinha da Costa
Não é gente aqui.”
Não são para ti:
Pretinha da Costa
Não é gente aqui.”
Outro poema bem forte e que
merece atenção é o “Quem sou eu?”ou “Bodarrada” nome que vem da palavra bode,
que na época era um nome prejorativo que usavam pra descrever negro ou
“mulato”:
“[...]Eu
bem sei que sou qual grilo
De
maçante e mau estilo;
E que
os homens poderosos
Desta
arenga receosos
Hão de
chamar-me — tarelo,
Bode,
negro, Mongibelo;
Porém
eu que não me abalo,
Vou
tangendo o meu badalo
Com
repique impertinente,
Pondo a
trote muita gente.
Se
negro sou, ou sou bode
Pouco
importa. O que isto pode?
Bodes
há de toda a casta,
Pois
que a espécie é muito vasta.
Há
cinzentos, há rajados,
Baios,
pampas e malhados,
Bodes
negros, bodes brancos,
E,
sejamos todos francos,
Uns
plebeus, e outros nobres,
Bodes
ricos, bodes pobres,
Bodes
sábios, importantes,
E
também alguns tratantes
Aqui,
nesta boa terra
Marram
todos, tudo berra;
Nobres
Condes e Duquesas,
Ricas
Damas e Marquesas,
Deputados,
senadores,
Gentis-homens,
veadores;
Belas
Damas emproadas,
De
nobreza empatufadas;
Repimpados
principotes,
Orgulhosos
fidalgotes,
Frades,
Bispos, Cardeais,
Fanfarrões
imperiais,
Gentes
pobres, nobres gentes
Em
todos há meus parentes.
Entre a
brava militança
Fulge e
brilha alta bodança;
Guardas,
Cabos, Furriéis,
Brigadeiros,
Coronéis,
Destemidos
Marechais,
Rutilantes
Generais,
Capitães-de-mar-e-guerra,
— Tudo
marra, tudo berra —
Na
suprema eternidade,
Onde habita
a Divindade,
Bodes
há santificados,
Que por
nós são adorados.
Também há muitos
bodinhos...[...]”
Jornalismo + Militância !
De 1860 pra frente, Gama quis se dedicar somente ao
jornalismo e a militância,Em 1864 ele se junta com o cartunista Ângelo Agostini
e cria o primeiro jornal ilustrado de São Paulo, o “Diabo Coxo”, um marco, que
estreitou a relação entre o saber e o progresso!
O diabo coxo era um jornal ousado, que utilizava
caricaturas como estratégia pra que as pessoas tivessem uma maior compreensão
sobre os fatores sociais e dos interesses de cada classe.As ilustrações mostravam fatos cotidianos e abordavam assuntos
sociais,políticos e econômicos.
O jornal usava
imagens,”histórinhas” semelhantes as de quadrinhos,para que os analfabetos
também pudessem entender.
Olha que foda! Foda,porém simples, os caras usavam as
imagens cotidianas retratando o dia a dia dos leitores para coloca-los em
contato com a própria realidade,e a partir dessa compreensão,automaticamente o
povo criava a habilidade de identificar as injustiças,ou quem
era injustiçado. Os manos fizeram as pessoas desenvolverem
opiniões criticas, instigaram as pessoas a questionar e refletir sobre o
próprio cotidiano e sobre as decisões imperiais e de seus dirigentes.
Uma verdadeira arma
crítica contra as instituições imperiais racistas...É
isso que eu chamo de revolução armada!
Ä mula é uma alusão aos "mulatos"e negros.
Já
em 1866, Gama e Agostini se juntaram a Américo de Campos que era da mesma “loja
maçônica” chamada ”América” (fundada por Luiz Gama e Ruy Barbosa, um fato
curioso é que talvez o Joaquim Nabuco tenha feito parte dela também apesar de Nabuco sempre ter negado ser maçom, a loja
América foi bastante ativa na causa abolicionista,ao contrário da igreja né,just
saying) e tinha os mesmos ideais abolicionistas e republicanos que Agostini e
Gama e fundaram o Jornal “Cabrião”que era muita treta! atacava o clero e toda a
elite escravocrata de São Paulo.Mais tarde alcançaria um publico maior ao se
mudar para o Rio e fundar a “Revista Ilustrada” em 1876, também satirizando a elite
e questionando muita coisa... ele se juntou com outros órgãos importantes da
imprensa e só somou nos debates sobre libertação dos escravos, e mudanças de conduta. Gama foi essencial
para evolução do Brasil .
“A imprensa,
maior inimiga dos maus, é a única força que encontro na terra para desmascarar
a esses entes criminosos ou ridículos estúpidos ou orgulhosos” (DIABO COXO,
1864, n. 1, Série 1, p. 2).
Em 1869
fundou com Ruy Barbosa o Jornal Radical Paulistano e em 1880 foi líder da Mocidade
Abolicionista Republicana.Em seus artigos, Gama demonstrava como os próprios
representantes do Direito violavam as leis em benefício da ordem escravista,
analisava sentenças e mostrava os erros cometidos por juízes corruptos, logo, era inimigo cabreiro do sistema ,e
imagine só ó ódio dos seus tio, um inimigo preto e que mal era formado,nem tinha diploma! Logo,
era odiado pelo partido conservador e foi até demitido do cargo que ocupava de
“Amanuense da Policia Paulista”**** Gama definiu sua demissão "a bem do
serviço público" em uma carta a
Lúcio de Mendonca escreveu: : "a turbulência consistia em eu fazer
parte do Partido Liberal; e, pela imprensa e pelas urnas, pugnar pela vitória
de minhas e suas [Lúcio de Mendonça, a quem escreve] ideias; e promover
processos de pessoas livres criminosamente escravizadas, e auxiliar
licitamente, na medida de meus esforços, alforrias de escravos, porque detesto o
cativeiro e todos os senhores, principalmente os reis."
Em 1880 depois de muita insistência ele escreveu uma carta
autobiográfica que mandou a Lúcio de Mendonça, seguem partes da carta:
"Nasci na cidade
de S. Salvador, capital da província da Bahia, em um sobrado da Rua do Bângala,
formando ângulo interno, em a quebrada, lado direito de quem parte do adro da
Palma, na Freguesia de Sant'Ana, a 21 de junho de 1830, pelas 7 horas da manhã,
e fui batizado, oito anos depois, na igreja matriz do Sacramento, da cidade de Itaparica."
"Sou filho
natural de uma negra, africana livre, da Costa Mina (Nagô de Nação) de nome Luísa
Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a
doutrina cristã.
Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, insofrida e vingativa.
Dava-se ao comércio – era quitandeira, muito laboriosa, e mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos de insurreições de escravos, que não tiveram efeito.
Era dotada de atividade. Em 1837, depois da Revolução do dr. Sabino, na Bahia, veio ela ao Rio de Janeiro e nunca mais voltou. Procurei-a em 1847, em 1856 e em 1861, na Corte, sem que a pudesse encontrar. Em 1862, soube, por uns pretos minas que conheciam-na e que deram-me sinais certos, que ela, acompanhada de malungos desordeiros, em uma “casa de dar fortuna”, em 1838, fora posta em prisão; e que tanto ela como os seus companheiros desapareceram. Era opinião dos meus informantes que esses ‘amotinados’ fossem mandados pôr fora pelo governo, que, nesse tempo, tratava rigorosamente os africanos livres, tidos como provocadores. Nada mais pude alcançar a respeito dela".
Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, insofrida e vingativa.
Dava-se ao comércio – era quitandeira, muito laboriosa, e mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos de insurreições de escravos, que não tiveram efeito.
Era dotada de atividade. Em 1837, depois da Revolução do dr. Sabino, na Bahia, veio ela ao Rio de Janeiro e nunca mais voltou. Procurei-a em 1847, em 1856 e em 1861, na Corte, sem que a pudesse encontrar. Em 1862, soube, por uns pretos minas que conheciam-na e que deram-me sinais certos, que ela, acompanhada de malungos desordeiros, em uma “casa de dar fortuna”, em 1838, fora posta em prisão; e que tanto ela como os seus companheiros desapareceram. Era opinião dos meus informantes que esses ‘amotinados’ fossem mandados pôr fora pelo governo, que, nesse tempo, tratava rigorosamente os africanos livres, tidos como provocadores. Nada mais pude alcançar a respeito dela".
"Meu pai não
ouso afirmar que fosse branco, porque tais afirmativas, neste país, constituem
grave perigo perante a verdade, no que concerne à melindrosa presunção das
cores humanas: era fidalgo e pertencia a uma das principais famílias da Bahia
de origem portuguesa. Devo poupar à sua infeliz memória uma injúria dolorosa, e
o faço ocultando o seu nome.
Ele foi rico; e nesse tempo, muito extremoso para mim: criou-me em seus braços. Foi revolucionário em 1837.Era apaixonado pela diversão da pesca e da caça; muito apreciador de bons cavalos; jogava bem as armas, e muito melhor de baralho, amava as súcias e os divertimentos: esbanjou uma boa herança, obtida de uma tia em 1836; e reduzido a uma pobreza extrema, a 10 de novembro de 1840, em companhia de Luís Cândido Quintela, seu amigo inseparável e hospedeiro, que vivia dos proventos de uma casa de tavolagem, na cidade da Bahia, estabelecida em um sobrado de quina, ao largo da praça, vendeu-me, como seu escravo, a bordo do patacho "Saraiva".
Ele foi rico; e nesse tempo, muito extremoso para mim: criou-me em seus braços. Foi revolucionário em 1837.Era apaixonado pela diversão da pesca e da caça; muito apreciador de bons cavalos; jogava bem as armas, e muito melhor de baralho, amava as súcias e os divertimentos: esbanjou uma boa herança, obtida de uma tia em 1836; e reduzido a uma pobreza extrema, a 10 de novembro de 1840, em companhia de Luís Cândido Quintela, seu amigo inseparável e hospedeiro, que vivia dos proventos de uma casa de tavolagem, na cidade da Bahia, estabelecida em um sobrado de quina, ao largo da praça, vendeu-me, como seu escravo, a bordo do patacho "Saraiva".
São Paulo em luto, a
morte do querido Gama: UM FATO HISTÓRICO IMPORTANTÍSSIMO QUE TENTAM OFUSCAR.
Gama tinha Diabetes e já não ia bem de saúde,
mesmo assim doente, saía carregado de casa para atender seus clientes, faleceu
dia 24 de Agosto de 1882 tendo um adeus memorável, sua morte mobilizou muita
gente, 10% da população paulista compareceu, há relatos de que foi emocionante,o
maior enterro que se tem noticia daquele tempo.Uma multidão seguiu o caixão até
o Brás, lugar onde o Gama morava (atual Rangel Pestana) e onde uma banda o
aguardava... vários discursos emocionados aconteceram, muita gente tinha o que
agradecer ou admirar nele, pessoas de várias classes sociais, todos queriam
ajudar a carregar o caixão, hora o
escravocrata Martinho Prada Júnior de um lado e um pobre negro descalço do
outro... o cortejo chega de noite a Consolação, centenas de coroas de flores,
depositadas no caixão, antes de descer o caixão Um médico de nome Clímaco
Barbosa ou Antônio Bento gritou pra que todos esperassem e intimou todos a
prometerem
“Não deixarem morrer a idéia
pela qual combatera aquele gigante” a multidão jurou junta! Gama morreu seis
anos antes da Lei Áurea.
A morte de Gama marcou o fim de
uma fase do movimento abolicionista, e
dá inicio a fase de mais ação! Fase de combater os escravistas, Climaco Barbosa dirigia a campanha; as
pessoas acolhiam escravos fugitivos em suas casas até eles serem encaminhados
ao Quilombo do Jabaquara em Santos, campanha essa que provocou a fuga em massa
das fazendas, Uma coisa marcante sobre essa
fase foi a invasão da Chacára Pari por membros do Clube Abolicionista do
Brás, com o grito:
“Viva os abolicionistas, morram os
escravocratas!”
Homens notáveis como Antônio
Bento e Feliciano Bicudo passaram a ser suspeitos da Policia...
Pra concluir, Gama é
considerado por muitos o homem mais importante na história de São Paulo no séc.
19! E dizem até que o seu enterro foi o acontecimento mais emocionante da
história de São Paulo.Existe um monumento a ele no Largo do Arouche mas você
como eu, provavelmente não escutou falar dele na escola não é mesmo? É nossa
obrigação mantermos a memória de nossos heróis viva e desconstruirmos varias
coisas que ensinam pras nossas crianças na escola, como a idéia de que a
princesa Izabel foi uma heroína por exemplo, varias pessoas, inclusive movimentos
militantes tentaram excluir a história de varias pessoas notáveis como Gama, da
mesma forma que os documentarios e livros meio que deslocam o egito da África e que nos
fazem desconhecer o que nós negros
inventamos,a astronomia por exemplo, o calendário e até a pasta de dente e que NUNCA o homem negro morou em
caverna,nunca! Nos esquecemos que o Brasil é dos índios e o máximo que
conhecemos de Tupi-Guarani é Ítaú e Anhangabaú... enfim, falaremos disso no
próximo post, essa matéria é uma coisa a ser compartilhada, não estou falando
do Facebook, eu estou falando da sua vizinha e dos seus irmãos,da sua mãe...vamos
nos armar de informação, vamos acordar!!!
E por ultimo mas não menos importante: algumas do editorial com a Carola!
Modelos: Julia Costa e Thais Esteves @ajuliacosta e @_estevess
Vanessa Barone manda muito bem mna make!!
Thais a Tomboy girl mais zika que tá teno!!!
E por ultimo mas não menos importante: algumas do editorial com a Carola!
Modelos: Julia Costa e Thais Esteves @ajuliacosta e @_estevess
Vanessa Barone manda muito bem mna make!!
Thais a Tomboy girl mais zika que tá teno!!!
So fresh and so cleannnnnnnn
Deusas Africanas Chaves é o nome do editorial, acabei de decidir.
IGBO GIRLS ROCK!
Choker Igbo4life Expensive $hit.
SE ME ATACAR, EU VOU ATACAR..
TENTA PA TU VÊ rs
muito rouff!!!!
Obrigada queridos!!! esse foi o nosso post Rouff favela total vol. 2 com os editoriais Deusas Rainhas Africanas Chaves e a história do nosso herói Gama, mês que vem tem mais e não se esquecam de compartilhar o conhecimento adquirido no dia dia, Agredecimentos ao Fernando Tadeu o nosso querido leitor que nos emprestou o Notebook para que esse post fosse possivel... amamos vocês e aparecam na nossa festa dia 14!!! EVENTO TA LA NO FACEBOOK!!! estaremos recebendo doacões para nossa vizinha que teve a casa incendiada e perdeu tudo...
Bjs, Tasha
&
Tracie Okereke !
Em memória de Henrique de Oliveira Sabino.
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